Sindmetal põe fim ao “Turno da Morte” na Alumar

O Sindmetal conquistou uma grande vitória, histórica para a categoria dos trabalhadores metalúrgicos do Maranhão. Em reunião de diálogo social com a gerência da Alumar realizada nesta quarta-feira, 26 de julho, o desumano “Turno da Morte” será modificado e os trabalhadores metalúrgicos passarão a ter mais um dia de folga na jornada de trabalho.

A direção do Sindmetal vinha travando a batalha contra o Turno da Morte há quase um ano, com várias intervenções frente a gerência da Alumar, apresentando provas contundentes dos problemas apresentados pelos trabalhadores, como o aumento da carga de stress, disparada do número de atendimento nos postos médicos da empresa, pedido de afastamento e licenças, falta de convívio social e familiar dos trabalhadores e até o aumento nos pedidos de demissão por parte dos empregados.

“Com uma luta muito enfática conseguimos mostrar para a gerência da Alumar que os nossos trabalhadores não estavam contentes com o turno que estava sendo aplicado na Alumar. Realizamos pesquisa no chão da fábrica que mostrou toda a insatisfação dos metalúrgicos, levamos ao conhecimento da empresa os registros de socorro da ambulância, o atendimento no ambulatório, os problemas psicológicos, além do prejuízo ao convívio social e familiar dos trabalhadores”, disseram Gérson Silva Presidente do Sindmetal.

Implantação do Novo Turno

Ficou acordado durante o encontro que a implantação do novo turno passará a vigorar a partir do mês de janeiro de 2024 devido a necessidade de estudo do formato para encaixar a nova jornada e também por conta da necessidade de adequações no chão da fábrica, como estudo de quantidade de vagas e setor para novas admissões, ampliação do sistema de transporte, da infraestrutura do refeitório, solicitação de mais EPI’s, fardamento e também o desenvolvimento de um termo de compromisso para ser assinado entre o sindicato e a empresa.

O que é o Turno da Morte?

O Turno da Morte é a jornada de trabalho que passou a vigorar na empresa Alumar, onde os trabalhadores laboram seis dias consecutivos com dois dias de folga, mas que na prática estava sendo imposto aos trabalhadores 7 (sete) dias por semana com mais de 8 (oito) horas diárias e apenas 01 (um) dia de intervalo entre jornadas.

Com a jornada excessiva os trabalhadores começaram a apresentar diversos problemas de saúde, o que fez com que o Sindmetal iniciasse uma verdadeira batalha contra a empresa Alumar para mudança do turno apelidado de “Turno da Morte”.