Nota de repúdio pela agressão ao Vice-presidente do SINFUSP/SL pelos seguranças da CMSL

O SINDMETAL vem a público expressar a sua indignação e repudiar de forma veemente a ação dos seguranças da Câmara Municipal de Vereadores de São Luís que de forma truculenta agrediram o sindicalista, vice-presidente do SINFUSP/SL, Dennison Sodré, na manhã desta quarta-feira, 04 de maio.

A violência exacerbada e abusiva que o vice-presidente do SINFUSP/SL foi vítima soma-se a falta de diálogo efetivo e necessário às demandas da categoria que luta por reajuste salarial que contemple todos os funcionários e servidores públicos municipais da base do SINFUSP/SL.

Infelizmente, ações abusivas contra sindicalistas maranhense e brasileiros tem se tornado rotineiras, fruto desse modelo de gestão, que beira o fascismo, que se implantou no País.

O SINDMETAL não se calara e manifesta seu irrestrito apoio e solidariedade aos camaradas da direção do SINFUSP/SL e a toda categoria dos trabalhadores municipais de São Luís que foram tolhidos da livre manifestação por direitos e se une a mais essa luta.

Nesse momento, somente com a unidade de todos os trabalhadores e trabalhadoras é que conquistaremos a vitória.

A Direção

SINDMETAL repudia falta de reajuste salarial para servidores públicos municipais de São Luís

O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Luís, Bacabeira, Rosário e Santa Rita (SINDMETAL) vem a público repudiar a falta de compromisso da maioria dos vereadores da Câmara Municipal de São Luís que não aprovaram o reajuste salarial dos servidores públicos municipais.

Há mais de seis anos sem qualquer reajuste salarial, os servidores públicos de São Luís estão com os salários corroídos pelo aumento frenético da inflação que trouxe junto a disparada do aumento da cesta básica, dos combustíveis e do gás, enfim, do custo de vida.

Capitaneados pelo prefeito Eduardo Braide que continua sem dialogar com a categoria para debater as reivindicações dos servidores públicos municipais, os vereadores Dr. Gutemberg, Otávio Soeiro, Aldir Júnior, Ribeiro Neto, Álvaro Pires, Antônio Garcês, Marlon Botão, Nato Júnior, Silvana Noely, Astro de Ogum, Chaguinhas, Daniel Oliveira, Domingos Paz, Edson Gaguinho e Raimundo Penha negaram o reajuste de 7,4% para todos os servidores públicos municipais proposto pela Comissão de Orçamento da Câmara Municipal de São Luís.

O Sindmetal entende que a valorização dos servidores públicos municipais é essencial para a continuidade do serviço público de qualidade. Por isso, repudiamos enfaticamente mais essa traição do prefeito Eduardo Braide e da maioria dos vereadores da Câmara de São Luís que perdeu a oportunidade de fazer justiça social.

Estamos solidários com os servidores públicos municipais e ombreados com o Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de São Luís (SINFUSP-SL) que continua na luta pela valorização e condições de trabalho necessárias para a sua categoria.

A Diretoria

Nota Centrais Sindicais: Repudiamos a nova proposta indecente do governo

Na contramão de países engajados no crescimento, como EUA, Alemanha e China, o governo brasileiro insiste em tirar direitos da classe trabalhadora deixando o povo cada vez mais pobre e com menos recursos.

O novo relatório do Grupo de Altos Estudos do Trabalho – GAET, complementando o desmonte da CLT iniciado em 2017, propõe a modificação de “ao menos 330 alterações em dispositivos legais, a inclusão de 110 regras —entre artigos, parágrafos, incisos e alíneas—, a alteração de 180 e a revogação de 40 delas”, conforme noticiou o jornal Folha de SP. Entre as medidas estão a desregulamentação do trabalho aos domingos, deixando a gerencia do serviço à bel prazer do patrão, a descarada proibição do reconhecimento de vínculo empregatício entre prestadores de serviço e aplicativos e a legalização do locaute, institucionalizando o lobby empresarial, penalizando de forma nefasta os trabalhadores e a sociedade.

A alegação é a mesma de sempre: “promover ampla liberdade” e, segundo eles, “fortalecer a negociação”. Ampla liberdade aqui cabe dizer o livre exercício da “lei do mais forte” em sua expressão mais selvagem. Fortalecem os que já são fortes, os patrões, ao invés de equilibrar as forças nas negociações.

Trabalharam mais de dois anos sem assegurar o diálogo social e a participação dos trabalhadores por meio de seus sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais. Agora, propõem mudanças imensas na legislação trabalhista, de novo em prejuízo da classe trabalhadora. Ao invés de modernizar estão restabelecendo a mentalidade da República Velha, a perversa lógica escravista, e o predomínio da força ao invés do entendimento nas relações de trabalho.

Uma mentalidade contrária aos ajustes sociais que visam minimizar as desigualdades. O mundo, após pagar um alto preço pela fase de extravagâncias neoliberais, caminha para retomar uma maior regulação do trabalho. Isso porque, ao contrário dos que defendem o indefensável: a desregulamentação e o salve-se quem puder, as leis e os direitos trabalhistas garantem maior segurança tanto ao empregado quanto ao empregador.

No fim de novembro foi noticiado que “Greves e pedidos de demissão em massa: o movimento que pode resultar em ‘CLT’ nos EUA”. Em maio de 2021, motoristas de Uber foram reconhecidos pela Suprema Corte do Reino Unido como trabalhadores legalizados. Na Alemanha, o novo primeiro ministro, Olaf Scholz,  tomou a decisão de aumentar o salário mínimo para aumentar o consumo e diminuir o desemprego. No Brasil o TRT-4 reconheceu, em setembro, o vínculo entre motorista e a empresa Uber. São exemplos que mostram que há uma tendência à regulamentação e que a precarização causa problemas sociais.

Mas a intenção do governo, ao que parece, é aumentar o exército industrial de reserva, que é aumentar o desemprego, que no Brasil sempre foi grande, para daí normatizar a exploração e a precarização. É criar dificuldade para vender facilidade. Neste caso, criar miséria absoluta para vender pobreza. A nova proposta de desmonte da CLT visa dar amplos poderes ao capital e minar ainda mais instituições como as entidades sindicais e a Justiça do Trabalho, que funcionam como freios e contrapesos para que o sistema econômico seja mais justo.

Reiteramos que o desenvolvimento e a geração de empregos e renda vêm de investimentos no setor produtivo e do consumo garantido por segurança, direitos, salários valorizados e programas sociais. Não aceitaremos imposições arbitrárias.

Estamos vigilantes. A luta é de toda a Classe Trabalhadora!

São Paulo, 6 de dezembro de 2021

Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

Miguel Torres, Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Moacyr Auersvald – vice-presidente da CST (Central Sindical de Trabalhadores)

Antônio Neto, Presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)