Nesta terça-feira, 19 de novembro, foi realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA) a audiência de conciliação referente ao Dissídio Coletivo dos trabalhadores metalúrgicos da indústria, cuja data-base é março. A audiência ocorre após oito meses de atraso no processo de negociação coletiva.
Entre os principais pontos de impasse estão o pagamento de abono salarial, o ticket alimentação para os trabalhadores da primeira faixa salarial e o adicional de hora extra para atividades realizadas aos sábados. Como não houve acordo em relação a essas demandas, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) seguirá para julgamento no âmbito do dissídio coletivo.
Sem o consenso, o TRT-MA concedeu um prazo de cinco dias para que as partes apresentem as razões finais. Após esse período, os autos serão encaminhados para análise e homologação pela Presidência do tribunal.
Segundo o tesoureiro do Sindmetal, Valdir de Castro, esse atraso de oito meses nas negociações prejudica diretamente o trabalhador, que já enfrenta desafios no dia a dia.
“O sindicato patronal não respeita o trabalhador e propõem retirar direitos já conquistados dos trabalhadores. Benefícios como o abono salarial e o ticket alimentação, por exemplo, são fundamentais para aliviar as dificuldades financeiras dos metalúrgicos, especialmente os de menor faixa salarial. E é pela garantia desses direitos que continuaremos lutando até que a categoria seja devidamente atendida”, disse Valdir.
O presidente do Sindmetal, Gérson Silva, enfatizou a importância de garantir os direitos dos trabalhadores metalúrgicos e lamentou a postura do sindicato patronal, que historicamente, tem dificultado as negociações.
“Nosso compromisso é com a valorização e a dignidade dos trabalhadores. Não vamos aceitar que os patrões retirem direitos básicos da categoria. A luta pelo ticket alimentação, abono salarial e remuneração justa pelas horas extras é legítima e estamos confiantes de que a Justiça do Trabalho será sensível às nossas reivindicações. A união e o engajamento de todos nessa luta são essenciais para avançarmos e garantirmos uma CCT que atenda os anseios da nossa categoria”, pontuou Gérson.